30/04/2010

OS FÍSICOS PLURALISTAS E OS FÍSICOS ECLÉTICOS


INTRODUÇÃO
No presente trabalho, temos a abordagem de uma das mais antigas problemáticas da filosofia: o principio de todas as coisas, com os filósofos naturalistas ou filosofos da physis, “físicos Pluralistas e os físicos Ecléticos”, Empédocles, Anaxágoras, Leucipo e Demócrito, Diógenes e Arquelau.
Empédocles, o primeiro dos pluralistas herda dos Eleáticos a impossibilidade do “não ser”. Apresenta o principio de todas as coisas, “as quatro raízes: água, ar, fogo, terra”. Estes elementos são governados por duas forças cósmicas, o amor e o ódio: um agrega a outra desagrega. Anaxágoras fala sobre o nascimento e a morte dependem da agregação ou desagregação das homeomorias “sementes” que são movidas por uma inteligência cósmica.
Leucipo e Demócrito trazem um grande benefício para a filosofia e a ciência com a descoberta do átomo. São os últimos a tentar resolves a questão eleática. Para eles o ser não nasce, não morre e não entra em devir. Aderem à realidade sensível, isto é, os átomos. Diógenes e Arquelau criticam os pluralistas e retornam ao monismo. Combina as teses de Anaxímenes com a de Diógenes, afirmando que o princípio de todas as coisas é o ar-inteligência.
O trabalho apresenta uma breve biografia do filósofo, e em seguida seu pensamento, reflexão, tese. Como metodologia temos: pesquisas, leituras, interpretações e escrita.
EMPÉDOCLES: AS QUATROS RAÍZES
Biografia
Primeiro pensador que procurou resolver a aporia eleática. Nasceu em Agrigento por volta de 484/481 a.C. Morreu em torno de 424/421 a.C. Além de filósofo foi também místico, taumaturgo, médico e ativo na vida pública. Compôs poemas dos quais chegaram até nós somente fragmentos.
“Relatos sobre seu fim pertence à lenda: Segundo alguns, teria desaparecido durante um sacrifício; conforme outros, ao contrário, ter-se-ia jogado no Etna.” (REALI; ANTISERI, 2003, P.40).
Pensamento
Para Empédocles, como para Parmênides, o nascer e o parecer são compreendidos como vir do nada e o ir para o nada são impossíveis. Pois o ser existe e o não ser não existe. Então não existe nascimento e morte, para eles existe o misturar-se e dissolver-se de algumas substâncias que permanecem eternamente iguais e indestrutíveis. Estas substâncias são a água, ar, fogo e terra. São elas as raízes de todas as coisas.
Os Jônios tinham escolhido ora uma ora outra uma dessas realidades como princípio, sendo que as outras derivavam dela através do processo de transformação. A inovação de Empédocles é o fato de proclamar a inalterabilidade qualitativa e a intransformabilidade de cada uma.
Nasce, portanto a noção de elemento. O elemento é algo de origem qualitativamente imutável, capaz somente de unir-se e separar-se espacial e mecanicamente em relação a outra coisa.
Chamado concepção pluralista que supera o monismo dos Jônios e dos Eleatas. O pluralismo nasce como respostas às drásticas negações dos Eleatas.
A Amizade e ódio
Empédocles inseriu as forças cósmicas do Amor ou Amizade (Philía), e do ódio discórdia (neîkos), respectivamente, como causador da união e separação dos elementos. Quando há amor e amizade os elementos se unem. Ao contrário, quando há ódio e discórdia eles se separam.
O cosmo não nasce quando prevalece amor ou amizade, por que a predominância total desta força faz com que os elementos se reúnam (um ou esfera). Quando o ódio ou discórdia prevalece, os elementos ficam completamente separados, e também neste caso as coisas e o mundo não existem.
O cosmo e as coisas do cosmo surgem nos dois períodos de transição, que vão do predomínio da Amizade ao da Discórdia e depois, do predomínio da Discórdia e da Amizade. E em cada um desses períodos temos progressivo nascer e progressivo destruir-se de um cosmo. (REALI; ANTISERI, 2003, P.41).
Os processos Cognoscitivos.
Empédocles dizia que das coisas e dos seus poros saem eflúvios que atingem os órgãos de sentido de modo que as partes semelhantes de nossos órgãos reconhecem as partes semelhantes dos eflúvios proveniente das coisas: o fogo conhece o fogo, a água conhece a água, e assim por diante. No campo visual o processo é inverso, os eflúvios saem dos olhos, mas não perdem o princípio de que o semelhante conhece o semelhante.
Os destinos do homem.
Empédocles desenvolveu as concepções órficas. Expressou em verso o conceito de que a alma do homem é um demônio que foi banido do Olimpo pelo fato de sua culpa originária, e jogada a mercê do ciclo dos nascimentos, sobre todas as formas de vida pêra pagar sua culpa.
Também eu sou um destes, por que confiei na furiosa contenda...
Porque um dia fui menino e menina,
arbusto e pássaro e mudo peixe do mar...
(REALI; ANTISERI apud EMPÉDOCLES, 2003, P.41).
No poema Empédocles dá as formas de vidas aptas para purificar-se e libertar-se do ciclo das reencarnações.
No pensamento de Empédocles: mística, física e teologia formam um Esfero. As quatro raízes para ele são divinas, e também as forças da amizade e discórdia. Deus é o Esfero; demônios são as almas, que como todo resto, são constituídas pelos elementos e forças cósmicas. Ao oposto do que muitos julgaram a unidade entre os poemas, Não havendo oposição entre a dimensão física e mística.
Já que neste mundo tudo deriva das quatro raízes que são divinas, não se vê que coisa não seja divina, nem como o corpo e a alma podem entrar em contraste. Só Platão terá resposta para esse problema.
ANAXÁGORAS: A DESCOBERTAS DAS HOMEOMERIAS E DA INTELIGÊNCIA ORDENADORA.
Biografia
Nascido por volta de 500 a.C. em Clazômenas e falecido em torno de 428 a.C. Viveu durante três décadas em Atenas. Provavelmente, foi exatamente seu mérito de ter introduzido o pensamento filosófico nesta cidade,destinada a tornar-se capital da filosofia antiga. Escreveu um tratado sobre a natureza, do qual temos apenas fragmentos.
Como Empédocles, Anaxágoras concorda com a afirmação de que o não ser não exista, e que o nascer e morrer são fatos reais.
Mas os gregos não consideram corretamente o nascer e o morrer: com efeito coisa alguma nasce e morre, mas sim, a partir das que existem, se produz um processo de composição e divisão. Portanto, eles deveriam chamar corretamente o nascer de compor-se e o morrer de dividir-se. (REALI; ANTISERI apud EMPÉDOCLES, 2003, P.42).
Para Anaxágoras não pode ser somente as quatro raízes a origem de todas as coisas, as quais compõe-se e decompõe-se. As quatros raízes estão bem longe de terem condições de explicar as tantas qualidades que se manifestam nos fenômenos.
As sementes (spérmata) ou elementos dos quais derivam as coisas deveriam ser tantas quantas são as inumeráveis quantidades das coisas, precisamente sementes com formas, cores e gostos de todo tipo, ou seja, infinitamente variadas. Assim, tais sementes são o originário qualitativo pensando eleaticamente, não apenas como incriados (eterno), mas também como imutável (nenhuma qualidade se transforma em outra, exatamente medida que é originária). Esses muitos originários são, em suma, cada um, como Melisso pensava, o Uno. (REALI; ANTISERI apud EMPÉDOCLES, 2003, P.42).
Essas sementes não são apenas infinitas em números, mas também infinitas em quantidade; não tem limites em grandeza e nem na pequenez, pelo fato de que podem ser divididas ao infinito sem que a divisão chegue ao nada.
Pode-se dividir qualquer semente que se queira, mesmo que sejam em partes sempre menores, e as partes de tal modo obtidas serão sempre da mesma qualidade.
De inicio entendemos que as homeomerias compunham a massa em que tudo era misturado junto, de tal forma que nenhuma se distinguia. Tempos depois alguma inteligência criou um movimento que provindo da mistura caótica, produziu mistura ordenada, da qual vieram todas as coisas. Consequentemente, tudo aquilo que existe são misturas bem ordenadas, em que existem sementes de todas as coisas, mas em medidas bem reduzidas. É a prevalência de cada semente que determina a diferença das coisas.
Tudo esta em tudo. Ou ainda: em cada coisa há parte de cada coisa. No grão de trigo prevalece determinada semente, mas nele está tudo, em particular o cabelo, a carne, o osso etc. (REALI; ANTISERI apud EMPÉDOCLES, 2003, P.43).
Anaxágoras fez a seguinte interrogação: como se pode produzir cabelo daquilo que não é cabelo? Carne daquilo que não é carne? Portanto, quando ingerimos o pão (grão), que comido e assimilado, torna-se cabelo, carne, etc. pois no pão está contida as sementes de tudo.
Com esse pensamente Anaxágoras tentava salvar a imobilidade tanto qualitativa como quantitativa: ou seja, nada vem do nada e nem vai para o nada, mas tudo está no ser desde sempre e para sempre.
A doutrina da Inteligência Cósmica
Todas as outras coisas têm parte de cada coisa, mas a inteligência é ilimitada, independente e não misturada a coisa alguma, mas encontra-se apenas em si mesma.
Em tudo se encontra parte de tudo, e essas coisas misturadas seriam um obstáculo para a inteligência, e ela não teria poder como se encontra em si mesma. A inteligência, com efeito, é mais sutil e mais pura, porém, possui um aguçado conhecimento e uma imensa força. E tudo que tem vida, seja o que for, são dominadas pela inteligência.
LÊUCIPO E DEMÓCRITO E O ATOMISMO
A ultima tentativa de responder o problema da physis foi realizada por Lêucipo e Demócrito com a descoberta do conceito do átomo.
Biografia
Lêucipo nasceu em Mileto, foi para a Itália, indo para Eléia nos meados do século V a.C, onde conheceu a doutrina eleática. Logo após foi para Abdera onde fundou uma escola que chegou ao seu auge com Demócrito filho desta mesma terra.
Demócrito nasceu em torno de 460 a.C. e morreu muito velho, depois de Sócrates. Foram atribuídas a ele muitas obras. Provavelmente estas obras formavam o Corpus da escola da qual fluíam obras do mestre e de alguns discípulos. Realizou longas viagens e adquiriu muito conhecimento e diversos campos.
Pensamento
Reafirmaram a impossibilidade do não ser. Para eles nascer nada mais é que agregar-se de coisas que já existem, e morrer desagregar-se ou separar dessas coisas. Mas trazem uma nova concepção dessas realidades: “trata-se de infinito número de corpos, invisíveis pela pequenez e volume. Tais corpos são indivisíveis, por isso á-tomo - do grego = não divisível.
Os átomos são incriados, indestrutíveis e imutáveis. Os átomos estão mais próximos do eleatismo que as quatro raízes, as sementes ou homeomorias. Pois são qualitativamente indiferenciados. Todos eles são um ser pleno, sendo diferente na forma, ou figura geométrica. Os átomos são uma fragmentação do Ser-Uno eleático, com infinitos seres-unos.
Para nós modernos átomo tem o significado pós-Galileu. Já para os abderitas indica uma forma originária sendo, portanto, átomo-forma.
O átomo se diferencia dos outros átomos, além da figura também pela ordem e pela posição. E as formas assim como a posição podem variar ao infinito. Naturalmente, o átomo não é perceptível pelos sentidos, mas somente pela inteligência. O átomo, portanto, é a forma visível ao intelecto. (REALI; ANTISERI, 1990, P.66/67)
O átomo como pleno do ser pressupõe o vazio (de ser, portanto, o não ser). Assim o vazio é tão importante como o pleno. Sem o vazio os átomos não poderiam se movimentar e diferenciar. O átomo, vazio, movimento são a explicação de tudo.
Os atomistas superaram a aporia eleática e salvaram a verdade e a opinião, ou seja os fenômenos. A verdade é dada pelos átomos que si diferenciam pelas formas geométricas (figura, ordem e posição) bem como o vazio; os vários fenômenos ulteriores e suas diferenças, derivam do diferente encontro dos átomos e do encontro posterior das coisas por ele produzidas com os nossos sentidos. “É opinião (doxa) o frio e opinião o calor; verdade o átomo e o vazio” (REALI; ANTISÉRI apud DEMÓCRITO, 1990, P. 67).
São três os movimentos no atomismo originário: a) O movimento primígenio dos átomos , que devia ser caótico, com os volteios em todas as direções dados pela poeira atmosférica que se vê nos raios do sol. b) desse movimento deriva um movimento vertiginoso, que leva os átomos semelhantes agregarem e diversos átomos disporem gerando o mundo. c) por último o movimento dos átomos que se libertam de todas as coisas (compostos atômicos) formando os eflúvios. (Ex. perfume).
Se os átomos são infinitos, também os mundos que derivam dele são infinitos e diferentes um dos outros, mas por vezes pode ser idênticos, por causa da infinita possibilidade de combinação. Se os átomos são infinitos, também os mundos que derivam dele são infinitos e diferentes um dos outros, mas por vezes pode ser idênticos, por causa da infinita possibilidade de combinação. (REALI; ANTISERI, 1990, P.67).
Os atomistas passaram a história como os puseram o mundo “ao sabor do acaso”. Mas não quer dizer que eles não atribuíram causas ao nascer do mundo, mas sim que não estabeleceram uma causa final. A ordem “o cosmo” é feito de um encontro mecânico entre os átomos, não projetado e não produzido por uma inteligência. A própria inteligência segue e não precede o composto atômico.
Os atomistas indicaram a existência de átomos privilegiados, lisos, esferiformes, de natureza ígnea: os constitutivos da alma e da inteligência. Para algumas testemunhas Demócrito teria até divinizado estes átomos.
O conhecimento deriva dos eflúvios dos átomos que se desprenderam de todas as coisas, em contato com os sentidos. Nesse contato o átomo semelhante reconhece o seu semelhante em nós. São dois tipos de conhecimento, vejamos: conhecimento sensorial e conhecimento inteligível: o primeiro nos dá só a opinião, ao passo que o segundo nos dá a verdade”. (REALI; ANTISERI, 1990, P.68).
Demócrito também se destacou em suas famosas sentenças morais. A idéia central desta ética, é de que a alma é a morada de nossa sorte e que precisamente na alma e não nas coisas exteriores ou nos bens do corpo que está a raiz da felicidade.
Demócrito também tinha uma grande visão cosmopolita, assim como ele mesmo nos mostra em um de seus escritos: “Todo país, terra esta aberto ao homem sábio, porque a pátria do homem virtuoso é o universo inteiro.” (REALI; ANTISÉRI apud DEMÓCRITO, 1990, P. 68).
A INVASÃO DOS ÚLTIMOS FÍSICOS EM SENTIDO ECLÉTICO E O RETORNO AO MONISMO: DIÓGENES DE APOLÔNIA E ARQUELAU DE ATENAS.
Esta filosofia da physis tende-se a combinar as ideias dos filósofos anteriores. Houve quem tentou combinar Tales e Heráclito, propondo como princípio a água, da qual ter-se-ia gerado o fogo, que venceu a água e grou os cosmos. Outros pensaram como princípio algo mais denso que o fogo e mais sutil que o ar, concebendo-o também o infinito. Heráclito e Anaxímenes, por uma lado e Tales e Anaxímenes, por outro.
Diógenes de Apolônia, exerceu sua atividade em Atenas entre 440 e 423 a.C., sustentou a necessidade de retornar ao monismo do princípio. Pois para ele se os princípios fossem muitos, e diferentes entre si, não poderiam misturar e agir um no outro. Assim o princípio único para ele é o ar infinito, mas dotado de muita inteligência.
Nessa teoria Diógenes combina Anaximandro e Anaxágoras.
Parece-me que aquilo que os homens chamam de ar é dotado de muita inteligência, a todos regendo e governando. Porque, precisamente ele parece deus, chegando a toda parte, dispondo de tudo e estando dentro de todas as coisas. Não há nada que não participe dele. (REALI; ANTISÉRI apud DIÓGENES, 1990, P. 69).
Mas nenhuma coisa participa do ar na mesma medida, pois muitos são os modos do ar e da inteligência: quente, frio, seco, úmido, parado rápido e muitas outras modificações de prazer e de cor.
Também as almas de todos os animais, são a mesma coisa, um ar mais quente que o de fora, onde vivemos, mais muito mais frio que aquele que existe junto ao sol. ora este cor não é igual em cada animal nem mesmo em cada homem, mas também não se difere muito: diferi dentro dos limites de semelhança das coisas. (REALI; ANTISÉRI apud DIÓGENES, 1990, P. 69).
Não podem ser do mesmo modo as coisas que mudam. Assim a transformação tem muitos modos, também muitos modos deve ser os animais com relação à forma, a vida e a inteligência. Entretanto todos vivem, vêem, e ouvem por obra do mesmo elemento e sua inteligência.
Logo nossa alma é ar-pensamento, que, vivendo, respiramos e que exala-se com o último suspiro quando morremos.
Tendo identificado a inteligência como ar-pensamento, Diógenes exaltou a visão finalística do universo que, em Anaxágoras, era limitada. Esta teoria teve grande importância em Atenas, constituindo um dos pontos de partida do pensamento socrático. Concepção análoga é atribuída a Arquelau de Atenas.
Muitas fontes o indicam como mestre de Sócrates. Aristófanes caracterizou Sócrates nas Nuvens. E as nuvens ao precisamente ar. “Sócrates desce das nuvens e prega as nuvens” isto é, o ar. Os contemporâneos de Sócrates, relacionavam-no com esses pensadores e com os sofistas.
CONCLUSÃO
O tema da “physis” é uma problemática que surgiu na Grécia Antiga e continua se sendo um tema atual. É comum vermos a ciência discutindo a origem cosmológica e a origem da terra “natureza”.
Físicos Pluralistas e os físicos Ecléticos nos trouxeram grandes contribuições ao desenvolverem suas teses. Com Empédocles temos as quatro raízes: terra, água, ar e fogo como a origem de tudo, movidas por duas forças cósmicas. Nascer e perecer dependem da agregação ou desagregação dos elementos imutáveis. O semelhante conhece o semelhante.
Anaxágoras segue o pensamento de Empédocles na questão do nascer. Mas as coisas que agregam ou desagregam para ele são as sementes, (homeomorias) “originário qualitativo”. Desta forma todas as coisas estão presentes em tudo, o que explica uma coisa transformar em outra. Mas o que prevalece dá características e diferenças específicas a cada coisa.
Leucipo e Demócrito apresentam a grande novidade o “átomo” visível só ao intelecto. As coisas sensíveis nascem, morrem e sofrem mutação, apenas em virtude da agregação ou desagregação dos átomos. Assim o ser não nasce não morre e nem entra em devir, adere a realidade do sensível “átomos”. Os átomos, o vazio e o movimento, são a explicação de tudo.
Diógenes e Arquelau voltam ao monismo, faz uma ligação entre as teses de Anaxímenes e Anaxágoras, e afirma que o princípio de tudo é o ar-inteligência.
Contudo ficam alguns questionamentos: o que justifica os quatro elementos ser a origem de tudo? Será que realmente tudo está em tudo? O amor e o ódio são divinos? Qual a origem destas origens apresentadas? A teoria do átomo é perfeita ou tem suas falhas? O que não podemos negar é que o átomo é uma realidade.
REFERÊNCIAS
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário da Língua Portuguesa. 6ª ed. Curitiba; Positivo 2004.
GOBRY, Ivam. Vocabulário Grego de Filosofia. Tradução Ivone C. Benedetti, São Paulo, WMF Martins Fontes, 2007.
JOLIVET, Regis. Vocabulário de Filosofia, tradução de Gerardo Dantas Barretto, Rio de Janeiro, Agir 1975.
MORA, José Ferrater. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Loyola, 2000.
REALLE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da filosofia, 10. ed. São Paulo: Paulus, 1991. v. 1.
REALLE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da filosofia: Filosofia Pagã Antiga. São Paulo: Paulus, 2003.

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